segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CUIDAR: RE VER TER O SER


As nevroses e psicoses infantis remontam à pequena infância e ainda mais atrás, ao momento do germinar, e vão-se perpetuando como uma espécie de inconsciente fidelidade ou de vício. O véu pode ser levantado com uma constelação, um toque, uma respiração, uma música, um movimento, uma escuta, um exercício... Nesse momento adquirimos o bilhete para o reencontro com o ser puro, aquele de antes da angústia, de antes da culpa. É esse o convite que fazemos.

CUIDAR - Do adulto ao germen: a viagem

                                                            Dima Dimitrev
Quando nos deparamos, num adulto, com perturbações relacionais a qualquer nível (timidez, ciúme, agressividade, culpa, medos, etc) podemos recuar até acontecimentos escolares e a partir daí o recuo pode prosseguir até aos primeiros tempos neste mundo, mas é possível recuar mais, até à gestação, à conceção. Quando isso não é possível, temos sempre o nosso mais precioso meio de transporte: o corpo, a consciência. Com eles atravessamos o inferno e entramos num imenso parque de diversões onde podemos conduzir os que quiserem acompanhar-nos. Isto é o CUIDAR.

domingo, 22 de setembro de 2013

CUIDAR- OS FORMADORES- QUEM SOMOS NÓS?


Pessoas. Com crianças dentro. Como toda a gente. Pessoas que sofreram o que tinham a sofrer e um dia disseram: "Já chega!". Estas pessoas, um dia, ou um bocadinho cada dia, fartaram-se do velho drama e fizeram uma coisa um bocado contraditória. Abriram a porta da dor. Deixaram de lhe resistir. Primeiro tiveram de arredar todos os velhos móveis, armários, guarda-fatos, que tinham encostado por dentro para que a dor não entrasse. Foi engraçado, porque fartaram-se de espirrar. O pó depositado nos esconderijos entre a porta e os móveis explodiu numa espécie de bigbang pessoal. E aconteceu o que é normal quando se abre uma porta. Como esperado e temido, o medo entrou. Mas quando se abrem portas, pode acontecer também que algo saia. E assim foi: saiu o sofrimento.
Na verdade, quando a dor é aceite, o sofrimento desaparece, porque este é apenas uma enorme resistência à dor. Começaram, então, a dançar com a dor. A massajar a dor. A respirar a dor, a brincar com a dor, como peças de lego ou de puzzle, a conversar com ela, a criar, a dar-lhe voz, expressão, movimento, espaço, dignidade. Ficaram entusiasmados e abriram os corpos e as mentes a esta velha amiga tanto tempo escorraçada. Foi então que nesta dança entre cada um deles e a dor, a criança surgiu. A das lágrimas, mas também a dos milagres. Passaram a devotar os seus dias a cuidar dessa criança e hoje estes adultos que embalam dentro de si as criança sentem-se suficientemente nutridos para partilhar isso com quem queira. Cada um com sua cor. Não são mais sábios, nem mais corajosos, nem mais valorosos do que ninguém. São apenas pessoas que passaram pelo sofrimento, que um dia se cansaram e decidiram conversar com a dor. Adquiriram algumas ferramentas que têm ajudado nessa tarefa. E estão disponíveis para a partilha. Porque nada do que é humano lhes é estranho.
http://esmtc.blogspot.pt/2012/06/cuidar-aprendizagens-para-um-re.html


CUIDAR: Para que serve este curso?

                                                          Dima Dmitriev
                                                             

É sabido que todas as perturbações e todas as dores e sofrimento que afligem o adulto estão relacionadas com a mais remota infância. E tanto mais remota quanto a profundidade da dor. Também sabemos que quando alguém está demasiado ocupado com a sua dor, não pode estar disponível para:
- a alegria, o entusiasmo, a tranquilidade, a criatividade, o sonho, a aprendizagem, a atenção ao outro, a relação consigo, o cuidado a ambos.
Não temos receitas prontas a usar, mas conhecemos alguns caminhos. Trata-se de uma paleta em que as cores têm os nomes de:
- Beleza interior, constelações sistémicas, cura arquetípica, Qi-Gong, escrita criativa, zen-shiatsu, dança alquímica, renascimento.
A nossa paleta interior poderia ter mais cores, como astrologia, tui-na, tai-chi, estudo dos sonhos, meditação, mas:
- Tivemos de nos conter, esta é a nossa paleta, hoje. Pode ir variando, mas esta é a que conhecemos melhor, cada um de nós apresenta uma cor, um método, com todo o respeito pelas cores irmãs.

As cores ou metodologias, serão observadas, testadas, aplicadas, no corpo. Porque é no corpo que todas as experiências estão depositadas. E é preciso conhecê-las, integrá-las, libertá-las e voar com elas. Com os pés muito assentes na terra. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

SEGUNDA edição do Curso CUIDAR

                                                       pintura: Carlos Saura Riaza
E lá vamos rumo a mais uma aventurosa viagem em direção a nós.
Tomando, de forma segura e apoiada, contacto com os traumas (o original, os que o foram repetindo e mesmo os que recuam gerações atrás, com o Rebirthing, a Cura arquetípica e as Constelações sistémicas), através de experiências meditativas e de respiração que todas as áreas proporcionam, mas também pelo toque, a amorosa pressão (Zen-shiatsu), a subtil experiência do corpo energético (Qi-Gong), a dança das moléculas no corpo e na consciência (Dança alquímica), a emocionante descoberta descoberta da nossa substância essencial (Beleza interior) e a arte enquanto cura (Escrita cura criativa), mas todas as áreas de alguma forma possuem a potencialidade de proporcionar, a par da experiência emocional e ética, um êxtase que poderíamos considerar estético.