sábado, 27 de outubro de 2012

Terceira aula do curso cuidar: Cura arquetípica

                                                    Magritte,  A invenção da vida
                                                         
Após a aula de apresentação (há duas semanas) e a de constelações sistémicas (a  semana passada) seguir-se-á, na próxima terça dia 30 de outubro pelas 19.30, a segunda aula do Curso "Cuidar", com Erica Poonam (Cura arquetípica).


Cura Arquetípica:
Integrar terapeuticamente o autoconhecimento cognitivo, as funções instintivas de autorregulação e autoajuda alinhada aos três cérebros (Córtex, Límbico, Reptiliano) dentro de uma linguagem própria a cada um dos mesmos.
Promover o bem-estar pessoal auxiliando na construção de uma maior resiliência fisiológica, capaz de atuar na resolução e na prevenção contra o stress.


Programa da Cura Arquetípica:
1. O que são símbolos e como atuam e revelam a nossa vida?
2. Conceitos cosmológicos chineses sobre longevidade, destino e livre arbítrio
3. Céu, terra e homem – A grande integração
4. Ancoragem, como pôr em prática aquilo que apreendo?
5. Reconhecendo o seu arquétipo principal
6. Como mudar a experiência externa pela experiência interna arquetípica
7. O princípio das polaridades na cura arquetípica
8. Senso, Perceção e Autoconhecimento
9. Autorregulação e Autoestima, caminhos para um sistema nervoso resiliente
10. Renegociar ou reencenar? Como acompanhar e mudar os nossos padrões repetitivos

É POSSÍVEL AINDA, A QUEM NÃO O FEZ, INTEGRAR A TURMA.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Início do Curso Cuidar

                                             Alma Tadema

Teve início, na passada terça dia 16 de outubro, o CUIDAR, com uma aula de apresentação: das pessoas, do curso, do trabalho a desenvolver.
Existem ainda algumas vagas.
Amanhã, terça dia 23, irá decorrer a segunda aula, primeira aula do primeiro ciclo: constelações sistémicas, com Rita Pedro Natálio:

Constelações Sistémicas
Sabe-se agora que a resolução de problemas é mais eficaz quando se olha para o Todo e não apenas para partes do problema. Este novo paradigma denomina-se Pensamento Sistémico e possibilita uma abordagem diferente de compreensão, uma vez que permite observar a interação entre os elementos do sistema e entre estes e o próprio sistema. 

Assim surgiram as constelações sistémicas, uma ferramenta que permite diagnosticar problemas familiares e organizacionais, descobrindo padrões que estão inseridos nas nossas dinâmicas e que vão influenciar a nossa forma de viver e de lidarmos connosco e com os outros. 

Através de uma Constelação monta-se o sistema, ou parte do sistema do sujeito, para que se consiga trazer à luz toda a informação possível a nível do sistema. As respostas são dadas através do inconsciente, pela intuição, o que faz com que a solução seja totalmente integrada pelo sujeito e de mais fácil aplicação.


Constelações Sistémicas; Programa:
1. Importância do Pensamento sistémico
2. O que é um sistema?
3. O que são as Constelações Sistémicas e qual o seu contributo
4. Como funcionam as Constelações
5. Exercícios de Constelações
6. Desenvolvimento de casos reais




domingo, 7 de outubro de 2012

A estrutura do CUIDAR

                                                          Chagall

O curso "Cuidar" que tem início na próxima terça, dia 16 de outubro, na Escola de Medicina Chinesa, Rua D. Estefânia, em Lisboa, está organizado por anos letivos e tem um currículo composto de sete áreas. As aulas, encontros, sessões, ocorrem todas as terças-feiras entre as 19.30 e as 22.30. As áreas ou disciplinas têm conteúdos específicos (constelações familiares, dança alquímica, cura arquetípica, meditação, prática energética, rebirthing e zen shiatsu), sucedem-se umas às outras em cada terça-feira numa sequência de cinco ciclos,  e cada uma delas, com sua prática particular, contribui para o objetivo comum: a aquisição de "ferramentas" de auto-conhecimento, autodiagnóstico e auto-cura pela parte do cuidador (pai, mãe, futuros pais, avós, tios, irmãos mais velhos, médicos, enfermeiros, terapeutas, psicólogos e todas as pessoas, porque cada um de nós tem-se, pelo menos, a si mesmo, como objeto primeiro de cuidados). O facto de cada formador estar com o grupo apenas de sete em sete semanas, no total cinco vezes durante o período letivo, ou seis, se contarmos a primeira aula, que será conjunta, foi pensado de forma deliberada, porque, embora os formandos fiquem apetrechados com ferramentas de cada uma das áreas que poderão usar imediatamente de acordo com a sua situação específica e a sua necessidade pessoal, o se pretende é que experimentem e tomem contacto com o seu ser silenciado através de uma multiplicidade de estratégias, num trabalho conjunto, contínuo e sequencial. Este curso não foi criado para aprofundar nenhuma destas técnicas, mas pondo as técnicas a dar as mãos, otimizar os recursos com que cada um poderá contar. O objetivo não é obter uma especialização, é ampliar as possibilidades. A especialização, caso algum pretenda, terá de ser feita fora do âmbito deste curso. Embora diferentes, as áreas vão-se seguindo numa dança sequencial e fluida com vista ao objetivo que nos uniu. Aparentemente estamos separados por semanas e práticas, na essência estamos unidos por um sonho (cooperar), uma crença (a nossa primeira responsabilidade é de cada um para consigo e essa é a mais eficaz forma de agir no mundo) e um desejo (partilhar).

Como cuidam os cuidadores

                                                    Picasso

Vários mitos se foram criando em torno do conceito de cuidador:
Espera-se dele que seja um ser sem sombra. Grande ilusão! O cuidador tem sombras como qualquer ser, grave é quando as esconde, sobretudo de si mesmo. O cuidador, seja ele profissional ou não, é aquele que está comprometido consigo próprio em conhecer e integrar as suas sombras, na medida do possível, sem violência, com amor e doçura consigo mesmo: ao seu ritmo, com consciência, usando as ferramentas de que dispõe, disposto a aprender sempre, a admitir, sempre que não sabe, aceitando, umas vezes com dor, outras com alegria, o processo, mas sabendo que é assim mesmo e que é natural e bom.
Desconfiar, então, quer do pseudo-discípulo que quer fazer de ti um mestre e um monstro (de perfeição) e do cuidador que se assume como tal. O cuidador é aquele que, como Terêncio, sabe que "nada do que é humano me é estranho", nada me ilude, nada me horroriza, tudo me encanta, algumas coisas me fazem tremer, é o que, no espelho do outro, reconhece a sua "irremediável" e sublime humanidade. O cuidador é maravilhosamente perfeito na sua imperfeição e é isso que ele vê no outro: na imperfeição, a perfeição. Com compaixão e fé. No outro, em si.
O cuidador é "work in progess" cheio de compaixão por si e pelos seus irmãos e disposto e aberto a acolher, na sua sempre limitada experiência, os que dele se aproximarem a pedir apoio. Porque sabe que também ele, de vez em quando, precisa do apoio de outros companheiros, a família eleita pelo caminho.
O cuidador é um ser que contagia pela sua verdade. Não pela beleza das palavras ou pela magia da técnica, mas pela sinceridade das emoções. Inspira, quando, sem pretendê-lo, abre espaço no outro para um encontro corajoso e autêntico consigo próprio, a base de qualquer cura: física, mental, espiritual, palavras diferentes para falarem da mesma coisa. Que nunca é uma tarefa acabada, mas um aventuroso, desafiador e incontornável caminho. Não podemos evitá-lo. Apenas adiá-lo.
O cuidador é o que inspira por aquilo que é, é o que revela, para além das palavras, como aprendeu a cuidar-se e como, ao fim de tanto desvio, errância, sofrimento e confusão, escolheu como caminho o cuidar de si. Estrada onde se cruzam estações de desvio, errância e dor, mas de uma qualidade nova. O alcatrão já não esmaga, mesmo na hora de maior calor, cintila, mesmo na hora de maior sombra, reflete.
Não existe, um cuidador que não reconhece, em cada dia, no seu corpo, mente e alma, o que significa cuidar-se.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O ponto nos ii



"Meu Deus, o que dirá ela a todos? [...] Não, pára! Isso é responsabilidade dela! Não minha. Assumir a responsabilidade dos outros... é esse o caminho para o aprisionamento meu e deles."
in: Quando Nietzsche chorou, de Irvin D. Yalom

Cuidar-se é, também, compreender que temos o exclusivo dever de responsabilidade por nós.

Tem início no próximo dia 16 de outubro, de terça a oito dias, o curso "Cuidar", ESMTC